Sem incentivo fiscais, Maciel é uma das empresas à beira da falência
O vídeo do empresário Raimundo Nonato Coelho Maciel, dono de uma das mais conhecidas redes de supermercados do Maranhão, o Maciel, viralizou nas redes sociais e mobilizou vários internautas com a campanha “Eu vou Comprar no Maciel”.
A reportagem apurou que entre os anos de 2017 e 2018, a rede do grupo fechou mais de cinco lojas em São Luís. A Central de Distribuição (CD) localizada no Distrito Industrial de São Luís também foi desativada e foi alugada para o grupo Mateus, principal concorrente da companhia.
Assim que o vídeo com o apelo do executivo pedindo ajuda dos próprios funcionários na tentativa de salvar a rede veio à tona, também começaram surgir críticas à Lei nº 10.576/17 que para muitos não garante é isonomia ao setor atacadista e varejista no Maranhão. Pelo contrário, o dispositivo estabelece uma desleal concorrência, ao beneficiar apenas um representante do setor: o grupo Mateus.
E este benefício está bem claro, no Artigo 2º da referida lei: apenas Centros de Distribuição com capital social acima de R$ 100 milhões – e que gerem mais de 500 empregos – poderão pagar apenas 2% de alíquota de ICMS no Maranhão, como mostra a íntegra da lei abaixo.
E apenas o Mateus – que controla supermercados, atacadistas, centros de distribuição, fábricas de pães e massas, empórios e vários outros segmentos de negócios – se enquadra dentro das exigências, conforme pontou o jornalista Marco D’Eça ao fazer uma abordagem sobre o assunto em seu blog.