Em São Luís, 99 casarões históricos ameaçam desabar por conta das chuvas

Em São Luís, 99 casarões históricos ameaçam desabar por conta das chuvas

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Pelo menos 99 casarões do Centro Histórico de São Luís, considerado Patrimônio da Humanidade, têm alto risco de desabamentos, segundo dados correspondentes ao último levantamento feito pela Defesa Civil do Maranhão. Destes imóveis, 31 possuem pessoas e até famílias morando – um caso a mais que o registrado no ano passado. Foi o que apontou, reportagem da Tv Mirante.

Segundo Fernando Fernandes, capitão do Corpo de Bombeiros, alguns imóveis já foram isolados e quem passar nas proximidades deve ficar bem atento para evitar ser vitima de um possível desabamento. “Os transeuntes que passam por aqui devem ficar atentos, principalmente, no período que estiver chuvoso ou ventando também. Devem passar afastados, manter distancia dos casarões que estão isolados”, alertou.

Para a turista, Maria Eduarda Leite, a falta de conservação do Centro Histórico afeta também o turismo na região. ”Você vê que mesmo degradado é um lugar muito bonito de se ver, mas precisa de manutenção?”, opinou a estudante.

A situação também incomoda quem trabalha ao lado de um casarão que mostra logo na fachada a ação do tempo e a falta de conservação. “Pavor, porque a gente sabe que madeira tem prazo de durabilidade. Pode de repente quebrar e  o prédio desabar”, reclamou a artesã Marinalda Marques.

Os prédios abandonados atrapalham a vida de muita gente como diz o comerciante Francisco Melônio, que reclama que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Maranhão (Iphan) não o permite que ele altere a estrutura do local onde trabalha.  “Eles não ajudam. A burocracia é muito grande, principalmente do Iphan”, reclamou.

Sobre a burocracia para reforma dos prédios, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) disse que segue os procedimentos determinados pelo governo federal e que disponibiliza técnicos para esclarecer possíveis dúvidas.

Prefeito de São Bernardo recebe veículos e prefeitura sucateados

Prefeito de São Bernardo recebe veículos e prefeitura sucateados

No último dia 2 de janeiro, o novo prefeito de São Bernardo, João Igor (PMDB) iniciou a gestão municipal 2017-2020 para a qual foi eleito em outubro do ano passado com mais de 9 mil votos.  Antes de assumir o cargo, já no trabalho de transição, a expectativa da equipe da nova gestão era como encontrariam a prefeitura, especialmente no que diz respeito às contas e aos bens públicos, após mais de 40 anos de administração da família Coriolano Almeida.

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A expectativa de que receberiam muitos problemas como herança das administrações passadas, se confirmou já no recebimento dos veículos da prefeitura, no último dia 27 de dezembro. Veículos como ônibus escolares e demais carros das secretarias, foram entregues totalmente sucateados, devido à falta de conservação ou, até com indícios de que tiveram peças, como pneus, rodas, baterias, furtadas.

Já no dia dos inícios dos trabalhos da nova gestão, o impacto foi maior. O prefeito, secretários e demais membros da equipe, encontraram uma situação de total descaso e sucateamento na sede da prefeitura, onde também funcionam outros órgãos públicos. Eles se depararam com salas vazias, cujos computadores e móveis foram levados. Os poucos móveis que ficaram estavam danificados.

De acordo com o prefeito, João Igor, muitos objetos e móveis que constavam na relação entregue pela antiga administração, não estão nas dependências da sede da prefeitura. Ainda segundo o novo gestor, após fazer o inventário completo de todo o conteúdo encontrado no prédio do executivo municipal, serão tomadas as devidas providências para responsabilizar os culpados pelo sucateamento dos bens públicos.

— Caso seja necessário, vamos sim abrir processo para que seja investigado a responsabilidade pelas irregularidades que estamos encontrando e para que os responsáveis arquem com os prejuízos, uma vez que são bens comprados com o dinheiro público e a população bernardense merece saber o que aconteceu com eles— ressaltou o prefeito.

Ao observar a situação como o prédio da prefeitura foi encontrado, o prefeito eleito, convidou a população para visitar a sede do legislativo municipal e conhecer o estado em que a mesma foi entregue. Em publicação em seu perfil, João Igor, diz que recebeu o prédio ‘sem cadeiras, sem mesas, sem aparelhos de ar condicionados, sem computadores, sem documentos, sem água e sem energia’.

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O funcionário público Kleuson Michael Cardoso, foi um dos vários moradores que foram conferir a situação e falou sobre o caso.

— Eles sucatearam tudo. Isso porque as administrações anteriores tratavam o público como sendo privado. Isso causa uma indignação em todos n[os, porque tudo ali foi comprado com nosso dinheiro. É preciso que eles paguem na justiça — comentou.

O procurador geral do município da gestão, Francisco Bezerra, confirmou que alguns objetos e móveis foram retirados da sede da prefeitura, porém, segundo ele, a intenção foi preservar o material.

— Todos os materiais que não foram encontrados na prefeitura, estavam em outro local. Foi feito isso para preservar os materiais e evitar algum dano, durante o processo de transição — disse o ex-procurador. Ainda de acordo com Bezerra, a nova administração já foi comunicada do fato, juntamente com o Ministério Público.

Entretanto, para o novo procurador geral do município, Joelsy Costa, alguns computadores e aparelhos de ar condicionado, não foram encontrados e, que não havia necessidade de retirada dos objetos, uma vez que a administração é contínua, não se encerra com o término do mandato. Joelsy Costa informou ainda que a Procuradoria do Município acompanha o inquérito policial que foi aberto para investigar o caso e que, ao final tomará as medidas cabíveis.

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Casa da mãe Joana: Fabio Gentil nomeia esposa, irmão e prima

Casa da mãe Joana: Fabio Gentil nomeia esposa, irmão e prima

img_6015Em Caxias, o novo prefeito da cidade, Fábio Gentil (PRB), eleito com o discurso contra o nepotismo agora distribui cargos de primeiro escalão para membros da própria família.

Segundo divulgado pelo próprio Gentil, estão empossados no controle das secretarias municipais o seu irmão Talmir Franklin Rosa Neto (Planejamento, Finanças e Administração); sua prima, Ana Célia Damasceno (Educação); e a própria esposa, a primeira-dama Letícia Mabel Pinheiro da Silva (Assistência Social).

Durante a campanha eleitoral, o novo prefeito de Caxias usou o nome de Deus para prometer, por diversas vezes, que se o eleitor lhe confiasse o voto, nenhum parente seu seria secretário municipal. O principal discurso, inclusive, era contra a nomeação de Liana Coutinho, mulher do então prefeito Léo Coutinho (PSB), na secretaria municipal de Políticas para as Mulheres. Ele defendia que esse tipo de pratica era ilegal.

Pela Súmula Vinculante número 13, do Supremo Tribunal Federal (STF), a nomeação de parentes para cargos políticos, isto é, de primeiro escalão, sem qualificações técnicas, configura nepotismo.

A prática, além de imoral, é vedada pelo Supremo e o gestor que incorrer nesse tipo de malandragem é passivo de ação civil pública, por ato de improbidade administrativa.

Advogados reclamam de reajuste da anuidade e falta de transparência da OAB-MA

Advogados reclamam de reajuste da anuidade e falta de transparência da OAB-MA

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Não faltaram críticas à atual gestão da OAB-MA,  principalmente, à falta de transparência em relação às contas da entidade e o reajuste  da anuidade de 2017 da classe passando esta a ser R$ 718,59.

A categoria criticou o aumento em relação a situação econômica atual. Vale lembrar que durante o  discurso de campanha, à presidência do órgão, Thiago Diaz garantiu que não aumentaria a anuidade e teria uma gestão transparente.

Estes fatos tem levado Thiago Diaz a ficar cada vez mais desacreditado, é por, até o momento, não ter  prestado contas da sua gestão. Em levantamento feito na página de Transparência da OAB-MA, o último balanço financeiro trimestral divulgado é o de julho/setembro de 2015 e o último anual é o de 2014, período em que quem estava na presidência era o advogado Mário Macieira.

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A falta de transparência na gestão de Diaz impede que a classe e a sociedade acompanhe, por exemplo, se os gastos são superiores à arrecadação; se há acréscimo acentuado de despesas; se existe o valor da reserva de contingência; se a folha de salário dos funcionários está sendo paga; se há pagamento desordenado de obras sem a devida comprovação de sua realização; e de quanto é a receita da entidade.

Paulo Victor é empossado novo vereador de São Luís

Paulo Victor é empossado novo vereador de São Luís

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Numa solenidade realizada na última quinta-feira, (05), a Câmara Municipal de São Luís empossou o primeiro suplente da coligação “Juntos para seguir em frente” Paulo Victor (PROS). Ele  assumiu, após o titular da vaga, o vereador Ivaldo Rodrigues (PDT) ser nomeado Secretário de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa).

Durante o pronunciamento agradeceu os 4.562 votos recebidos e afirmou que o seu mandato será dedicado ao povo ludovicense.

 — É um prazer imenso estar assumindo hoje a cadeira como vereador.  Agradeço a confiança do povo ludovicense e saberei honrar os 4.562 votos que recebi. Este mandato será exclusivamente utilizado em prol da nossa cidade — declarou.

A solenidade de posse do novo vereador contou com presença do secretário de Articulação Politica, J. Pinto; vereadores, amigos e demais autoridades. Em seu discurso , o novo vereador  também agradeceu o apoio recebido de seus familiares, grandes incentivadores de sua corrida ao parlamento municipal.

— Encerro minhas palavras sem deixar de agradecer a Deus, que no dia do aniversário do meu filho, me concedeu esse grande presente. Dedico esse mandato á minha avó, Raimunda Duarte, onde ela estiver!— concluiu.

E agora Holandinha? Socorrão II fica alagado durante a chuva

E agora Holandinha? Socorrão II fica alagado durante a chuva

Bastaram as primeiras chuvas desta segunda-feira (9), para que a população tivesse mais um exemplo do custo que foi para São Luís a reeleição – na marra – do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).

O Hospital Clementino Moura, o Socorrão II, na região da Maiobinha – alvo de diversas denúncias ao longo dos quatro anos de gestão do prefeito – simplesmente inundou com as chuvas desta manhã.

Prédio alugado para Funac já foi comitê do PCdoB

Prédio alugado para Funac já foi comitê do PCdoB

O imóvel alugado para abrigar adolescentes infratores no bairro da Aurora, em São Luís (MA), onde foram pagos R$ 172 mil de aluguel e que ficou 17 meses fechado, já foi comitê de campanha do PCdoB, partido do governador Flávio Dino, na eleição de 2014. O local foi utilizado pelo então candidato a deputado estadual Júlio Guterres.

O jornal O Estado do Maranhão apresentou fotos de quando o imóvel era usado pelo partido. As imagens mostram que a casa foi usada como comitê de campanha de Júlio Guterres e que no local eram feitas reuniões com eleitores com farto material do candidato. Em uma das fotos, o governador Flávio Dino aparece ao lado de Júlio Guterres.

Nesta semana, o governador e o secretário de Articulação Política e Comunicação, Márcio Jerry, disseram nas redes sociais que o processo para locação do imóvel não teve o objetivo de beneficiar o dono da casa, Jean Carlos Oliveira, que também é filiado ao PCdoB, e é outro que aparece nas imagens participando de reuniões no comitê.

O imóvel está alugado pelo Governo do Estado desde agosto de 2016 para funcionar como a nova sede da Funac. O problema é que segundo o Portal da Transparência do próprio governo, há 17 meses estão sendo pagos a Jean Carlos Oliveira, dono do imóvel que aparece na lista de filiados do PCdoB, mais de R$ 9 mil por mês pela locação do imóvel, totalizando já R$ 172 mil.

Depois de vários meses pagando aluguel com o imóvel vazio, somente nessa  quarta-feira (7) internos foram levados para o local.

A TV Mirante registrou imagens que confirmam que o prédio ainda passa por reformas. É possível perceber que além do material de construção que está no pátio, a única cerca elétrica está quebrada e ao lado tem um muro mais baixo, que ainda não foi concluído.

Nesta semana, por meio de uma rede social, o secretário Márcio Jerry comentou o caso e disse “não poderia adivinhar” que o dono do imóvel era filiado ao PCdoB.

O governador também utilizou as redes sociais e publicou que “Só muita má fé ou ignorância para imaginar que uma simples casa foi alugada por uma fundação do governo por ordem minha”.

O Governo do Estado disse, em nota, que desconhece o fato de que o imóvel locado pertencesse a algum membro do PCdoB ou que já tivesse abrigado ações de campanha eleitoral anteriormente. Informou que o prédio vinha passando por reformas desde 2015, que foram paralisadas por causa dos protestos dos moradores. Disse ainda que a locação do imóvel foi feita por intermédio de uma imobiliária, que seguiu todos os trâmites legais. O contato com o dono do prédio, Jean Carlos Oliveira, ainda não foi possível.

A reportagem da TV Mirante foi exibida pelo Bom Dia Brasil e repercutiu em um comentário de Alexandre Garcia.

Brandão concede uso de terras para agricultores do projeto Salangô em São Mateus

Brandão concede uso de terras para agricultores do projeto Salangô em São Mateus

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Na manhã de ontem (04), o  prefeito Miltinho Aragão (PSB) e o vice Ivo Rezende (PCdoB) participaram da entrega de contratos de concessão de uso da terra para os agricultores do projeto Salangô do municipio de São Mateus.

Carlos Brandão, governador do Estado do Maranhão em exercício, realizou a entrega dos documentos que concedem o uso de terras para agricultores na presença de deputados estaduais, do senador da República interino, Pinto Itamaraty; do vice-prefeito de São Luís, Júlio Pinheiro, na ocasião representando o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior; secretários de Estado, presidentes e diretores de entidades parceiras, além dos próprios agricultores e presidentes das associações que hoje fazem parte do Salangô,

No total, 212 agricultores vinculados a nove associações foram beneficiados pelo projeto, neste primeiro momento. O plano é que novas concessões sejam entregues ao longo deste ano.

A visão de promover a agricultura familiar em nosso estado, valorizando a vocação do maranhense e a prefeitura de São Mateus  com aqueles que vivem e convivem com os campos, águas e riquezas naturais de todo o Maranhão.

Atualmente, há produção em 317 hectares do Projeto Salangô. A expectativa para este ano é a de que alcance 600 hectares, com hortifrutis, arroz e sementes de arroz.

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PROJETO SALANGÔ

Consiste em um perímetro público de irrigação que compreende uma área de aproximadamente 3.630 hectares, projetado com vários sistemas de irrigação (sistema de irrigação por inundação, por microaspersão e aspersão convencional), que se localiza a margem direita do rio Mearim, a 18 km da sede do município de São Mateus do Maranhão.

Outros investimentos estão sendo alocados para mais adiante. Este projeto saiu das matérias negativas e deixou de ser chacota nacional para avançar de maneira extremamente positiva. A união de forças poderá tornar São Mateus em a ‘Petrolina do Maranhão’’, apostou o prefeito Hamilton Aragão – o Miltinho – ao se referir ao projeto cearense que foi iniciado nos anos de 1990, assim como o Salangô, e que hoje já exporta os seus produtos e dispõe de aeroporto internacional, transportando hortifruts para a Europa.

Prefeituras do MA desviaram mais de R$ 308 milhões, aponta CGU

Prefeituras do MA desviaram mais de R$ 308 milhões, aponta CGU

Levantamento realizado pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (CGU),  revela que no período de outubro de 2013 a dezembro de 2016, cerca de R$ 309 milhões de recursos da saúde, educação, transporte e merenda escolar, foram desviados por prefeituras de municípios do Maranhão.

Os números dizem respeito apenas a desvios investigados em operações realizadas pela CGU em conjunto com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF). O período corresponde ao primeiro mandato de prefeitos eleitos nas Eleições 2012.

No último domingo (1º), gestores tomaram posse nos 217 municípios, e novos mandatos foram iniciados.

O chefe da CGU no Maranhão, Francisco Alves Moreira, explica que esses desvios constatados pelas investigações são apenas alguns dos que acontecem fora do raio de investigação dos órgãos de controle.

“Esses são apenas alguns dados de esquemas que conseguimos detectar e desarticular, em parceria com o MPF e a Polícia Federal”, explica. “O nosso trabalho é constante, mas muitas condutas ilícitas ainda são praticadas às escondidas e o rombo causado à economia dos municípios do Maranhão é muito maior do que os dados que estamos quantificando”, alertou.

Para Francisco, é necessário articular, junto a esses dados, os números do Ministério Público do Maranhão para se ter uma ideia da quantidade de dinheiro desviado dos cofres públicos nos municípios.

MUNICÍPIOS

No período de 2013 a 2016, os desvios constatados  pela CGU durante as operações foram realizados nos municípios de São Luís, Bacabal, Pedreiras, Zé Doca, Caxias, São João do Paraíso, Serrano do Maranhão, Turilândia, Santa Luzia, Pedro do Rosário, Cajapió, Arari, Paulo Ramos, Anajatuba,  Imperatriz, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Humberto de Campos, Aldeias Altas, Altamira do Maranhão, Timon, Caxias, Viana, São Mateus, Grajaú, Coroatá, Peritoró, Rosário, Presidente Dutra, dentre outros.

Em São João do Paraíso, no ano de 2013, a CGU constatou o desvio de recursos federais usados para o pagamento de operações de agiotagem. As verificações em Bacabal e Zé Doca confirmaram, em suma, que recursos públicos foram desviados de contas públicas para contas particulares sem comprovação de despesas ou com comprovação irregular.

A Operação “Cheque Branco”, de 2013, aferiu a existência de um esquema de agiotagem no Estado, em que estavam envolvidos diversos gestores e ex-gestores municipais, empresários de diversos segmentos e suas empresas. O esquema era movimentado e alimentado por meio do desvio de recursos públicos federais  destinados à educação e à saúde, em municípios como Serrano do Maranhão, Turilândia, Santa Luzia, Arari, e outros.

Em 2014, na cidade de Anajatuba, prefeito e secretários municipais se envolveram num esquema de fraudes em licitações que desviava recursos públicos nas áreas de transporte, censo, alimentação e reforma escolar, em especial em recursos do Fundeb. O rombo de R$ 30 milhões foi denunciado a nível nacional.

Em outros municípios, a contratação de empresas de “fachada”, prática conhecida pelos órgãos fiscalizadores, também favorecia o enriquecimento ilícito de gestores.

Emissão de notas fiscais de favor; superfaturamento por inexecução ou execução parcial e inadequada de obras e de serviços; utilização de contas bancárias de “passagem”; atestos fraudulentos; montagens de processos licitatórios; e prestação de informações fraudulentas no censo escolar foram apenas alguns dos processos empregados pelas prefeituras para o desvio das verbas.

MÁFIA DO LIXO

Na mais recente operação da CGU, em parceria com a PF e o MPF no Maranhão, foi constatado o uso indevido de mais de R$ 230 milhões em 17 prefeituras maranhenses. As investigações do Ministério Público apontaram que as prefeituras maranhenses estavam envolvidas em um esquema que desviou cerca de R$ 170 milhões dos cofres públicos. Segundo representação do órgão, houve irregularidades na contratação da Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços – COOPMAR e mais de 10 empresas.

Ainda durante as investigações, foi apurado que a COOPMAR, ao longo de três anos, recebeu repasses de prefeituras na ordem de R$ 230 milhões. As investigações começaram depois que o Ministério Público verificou que a COOPMAR aparecia como a empresa mais contratada para execução de serviços de limpeza e outros serviços gerais em prefeituras do estado por meio da contratação da cooperativa.

Foi observado o superdimensionamento da quantidade de profissionais terceirizados, ausência de publicação da convocação, termo de referência incompleto, ambíguo e impreciso e outras exigências que comprovem autenticidade.

“O que acontece, nesses casos, é que as prefeituras desviam dinheiro descaradamente por meio do serviço de limpeza”, explica o promotor Lindon Johnson, da Promotoria de Defesa do Patrimonio Público e da Probidade, do Ministério Público do Maranhão. “Esse tipo de enriquecimento é muito comum em inúmeras prefeituras em todo o estado. É uma verdadeira máfia do lixo, a partir de serviços de limpeza”, afirmou.

MINISTÉRIO PÚBLICO

O promotor Lindon Johnson, explica que a conduta ilícita dos gestores é recorrente e já foi constatada na maior parte dos 217 municípios maranhenses.

“A improbidade nos interiores é ainda maior porque existe uma sensação, nesses lugares, de que a Justiça está longe”, avalia.

O promotor explica que os desvios no período anterior ao avaliado pela CGU para esta reportagem, o rombo é ainda maior nas prefeituras do Maranhão. De 2004 a 2013, cerca de R$ 661 milhões em multas e ressarcimentos aos cofres públicos foi o montante encaminhado pelo Ministério Público para a execução dos gestores com contas desaprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

“Estamos falando de mais de meio bilhão de reais”, afirma o promotor Lindon Johnson. “É apenas uma amostra da ferida que está aberta no modo de fazer política no nosso estado”, completa.

O ressarcimento aos cofres públicos era buscado pelo Ministério Público de duas formas principais. Em Ações Civis Públicas por improbidade administrativa, quando há danos aos cofres públicos, o ressarcimento é uma das penalidades previstas na própria lei. A outra forma eram as Ações de Execução, que tinham por base as decisões do TCE a respeito de contas irregulares.

Em 2014, no entanto, o STF decidiu que esse tipo de Ação de Ressarcimento não seria atribuição do MP e sim dos próprios entes públicos beneficiários. Ou seja, se um município X é condenado pelo Tribunal de Contas, caberia ao próprio município cobrar o gestor ou ex-gestor por isso.

O procurador de justiça José Henrique Marques Moreira lamentou a decisão do STF, assim que foi tomada. À época da decisão, o procurador destacou a dificuldade estrutural e política que os municípios têm para realizar esse tipo de trabalho. Segundo ele, a grande maioria dos municípios não têm Procuradorias Gerais estruturadas.

O QUE DIZ A LEI

De acordo com a Lei 8429/92. Existem 3 tipos de atos de improbidade: enriquecimento ilícito, lesão ao erário e ato contra os princípios da administração pública. Entre as sanções para os atos estão a perda dos bens, ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos.

 

Prefeito reeleito de Bequimão anuncia 10 obras para os primeiros 150 dias

Prefeito reeleito de Bequimão anuncia 10 obras para os primeiros 150 dias

Prefeito reeleito de Bequimão, Zé Martins, com o vice Magal após tomar posse

No discurso de posse, durante a cerimônia de transmissão do cargo, o prefeito reeleito de Bequimão, Zé Martins (PMDB), anunciou 10 obras e ações que devem ser realizadas nos 150 primeiros dias do novo mandato. Ele garantiu que até o aniversário do município, em junho, volta à praça pública para prestar contas com a população sobre esses compromissos. “É uma demonstração de que o trabalho continua”, assegurou.

O prefeito afirmou que, nesse período, vai inaugurar a Praça Santo Antônio, onde fica a Igreja Matriz do município e dará início à construção da primeira etapa de urbanização do Cais, dois antigos sonhos dos bequimãoeses. Na área da saúde, que é referência em todo o Estado, Zé Martins certificou a implantação de mais seis equipes de saúde bucal e a aquisição de um automóvel para o projeto Saúde em Movimento, que contará com atendimento médico e odontológico.

A Prefeitura de Bequimão também substituirá, nos próximos meses, o mobiliário de todas as Unidades Básicas de Saúde e instalará o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que vai disponibilizar atendimento com médico psiquiatra a pessoas com transtornos mentais e emocionais. Zé Martins confirmou a construção de uma creche no Ferro de Engomar e a inauguração da escola de seis salas no bairro Ferro de Engomar, que recebeu o nome de Benedita Gusmão Moraes, uma homenagem à professora Bibi Moraes.

Entre as 10 obras e ações, o prefeito anunciou, ainda, a aquisição de um caminhão compactador para coletiva de lixo e implantação de um programa de coleta seletiva, para tratamento mais adequado dos resíduos sólidos. “Isso vai nos preparar para receber recursos do Ministério do Meio Ambiente, com o apoio do ministro Sarney Filho, que nos garantiu toda contribuição necessária para melhorarmos a vida das pessoas em Bequimão”, ressaltou Zé Martins, destacando ainda a construção de barragens de enseada com maquinário já adquirido pelo município.

O prefeito Zé Martins tomou posse ao lado do vice-prefeito Sidney Costa Nogueira – Magal (PT). O primeiro mandato, que tinha como vice Pedro Acará, acabou no último dia 31 de dezembro, mas o povo bequimãoense havia renovado seu nome em outubro por mais quatro anos.

A programação começou na manhã de domingo (1), com culto evangélico na Igreja Assembleia de Deus, no Centro da cidade, dirigido pelo pastor Simeão. No final da tarde, aconteceu a solenidade de posse no Plenário da Câmara Municipal, onde o prefeito Zé Martins e o vice Magal prestaram juramento. O prefeito agradeceu ao povo de Bequimão pela renovação do mandato, à sua família e à esposa Vânia Martins, aos deputados Zé Inácio e Adriano Sarney pela parceria, ao Ministro Sarney Filho pela ajuda ao município e, emocionado, falou da gratidão a seu pai Juca Martins, a quem dedicou seu segundo diploma de prefeito.

Acompanhados do povo de Bequimão, Zé Martins e Magal caminharam até a Igreja Santo Antônio, na Praça Matriz, onde foi celebrada missa em Ação de Graças, presidida pelo padre Domingos e concelebrada pelo diácono Resende. A Igreja ficou pequena para tanta gente presente, vinda de todos os cantos do município.

Logo em seguida, ocorreu a cerimônia de transmissão do cargo, em frente à Prefeitura Municipal de Bequimão. O prefeito passou a Guarda Municipal em revista e depois participou do hasteamento das bandeiras do Brasil, Maranhão e do município, ao lado do presidente da Câmara, Amarildo Estrela Paixão, e do vice Magal. Do presidente da Câmara, ele recebeu a faixa de prefeito.

O vice-prefeito Magal também discursou, destacando os compromissos firmados durante campanha. Para Magal, o momento do país é crítico, mas, com os pés no chão, o trabalho vai continuar. “Vamos alavancar e dar prioridade a cada proposta, ampliando o que deu certo na primeira gestão, fato este que levou Zé Martins a ser chamado de prefeito trabalhador. Além disso, vamos buscar parcerias nas esferas estaduais e federais”, destacou.

Ao fim da cerimônia, fogos de artifício saudaram o início da nova administração e a Guarda Municipal desfilou em continência ao prefeito e vice-prefeito, ao som da banda da Escola de Música. Participaram de todos os atos os vereadores Amarildo Paixão (presidente da Câmara), Valmir Batista (vice-prefeito), Jorge Filho (primeiro secretário), Vetinho (segundo secretário), Valdenor Barbosa, Professor Zeca e Vadico do Areal, além do ex-prefeito Juca Martins e do ex-vice-prefeito Pedro Acará.

A comemoração aconteceu na Praça 02 de novembro, com shows da banda Astral e Bruno Shinoda.