Voto feminino completa 91 anos com maior representatividade da história no Maranhão

Voto feminino completa 91 anos com maior representatividade da história no Maranhão

Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), deputada Iracema Vale assumiu no dia 14  fevereiro  de forma interina, o comando do Governo do Estado.

Há 91 anos, em 24 de fevereiro de 1932, as brasileiras conquistavam, enfim, um de seus mais importantes direitos democráticos: o voto. Discutido no país desde a Proclamação da República, em 1889, o direito ao voto feminino só foi regulamentado na década de 30 com o decreto nº 21.076, que trazia o Código Eleitoral Provisório.

Fruto da luta feminista, a conquista não foi comemorada de forma popular, já que o intelecto da mulher para debater assuntos políticos ainda era muito questionado. Em 1933, na primeira eleição com voto feminino, apenas 20 brasileiras compareceram ao pleito. Quase um século depois, as mulheres representam 52,5% do eleitorado brasileiro, mas apenas 33,6% das candidaturas, conforme dados coletados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) através do Cadastro Nacional de Eleitores.

Os números evidenciam o que é atualmente um dos maiores desafios democráticos para as brasileiras: aumentar a representatividade nos lugares de poder político. Apesar disso, aos poucos, vamos mudando essa realidade.

O Maranhão, que nas eleições de 2018, não elegeu nenhuma mulher para a Câmara Federal, passou a ter um recorde de representatividade naquela Casa. Pela primeira vez, o estado terá três mulheres: Detinha (PL), Amanda Gentil (PP) e Roseana Sarney (MDB).

Somada a senadora Eliziane Gama (Cidadania), que foi eleita em 2018, e a senadora Ana Paula Lobato, que está no exercício do mandato, em substituição ao senador Flávio Dino, que se licenciou para assumir o Ministério da Justiça, hoje a Bancada Parlamentar Maranhense no Congresso Nacional (composta por 21 membros, sendo 18 deputados federais e 3 senadores) conta com cinco mulheres: sendo três deputadas e duas senadoras.

Mulheres na Assembleia

O legislativo maranhense tem, pela primeira vez na história, 12 deputadas estaduais. Embora ainda seja pequeno, este número representa a maior bancada feminina já formada na história de 188 anos de Assembleia Legislativa do total de 42 parlamentares.

Também será a primeira vez que a Casa será presidida por uma mulher, a deputada Iracema Vale (PSB), eleita pelos seus pares para comandar o Parlamento Estadual no biênio 2023-2024.

Além do comando da Presidência com Iracema Vale, a bancada feminina também é composta pelas deputadas Fabiana Vilar (PL), eleita 3ª vice-presidente; Andreia Martins Rezende (PSB), eleita 4ª vice-presidente; Daniella (PSB), que será a procuradora da Mulher da Casa; além de Solange Almeida (PL); Mical Damasceno (PSD); Dra. Vivianne (PDT); Abigail (PL); Edna Silva (Patriota); Janaína Ramos (Republicanos); Claudia Coutinho (PDT); e Ana do Gás (PCdoB).

Na Câmara Municipal

A Câmara Municipal de São Luís também fez história nesta legislatura, pois pela primeira vez, chegou a contar com sete mulheres vereadoras exercendo simultaneamente seus mandatos parlamentares ao lado de Concita Pinto (PCdoB), Silvana Noley (PTB), Karla Sarney (PSD), Fatima Araújo (PCdoB), Rosângela da Saúde (Republicanos), Eidimar Gomes (PL) e Rejanny Braga (DC), sendo que as duas últimas estiveram no exercício do mandato em substituição aos titulares que pediram licenças dos mandatos entre os meses de junho e agosto de 2022.

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