Servidores e aposentados de Paço do Lumiar passarão Natal com fome por decisão do desembargador Froz Sobrinho

Servidores e aposentados de Paço do Lumiar passarão Natal com fome por decisão do desembargador Froz Sobrinho

Fred Campos ao lado do desembargador Froz Sobrinho

Em despacho, o presidente do TJMA não incorporou o espírito natalino, ao analisar pedido para desbloquear valores necessários para pagamento de folha de pessoal, previdência, 13º salário e etc, atingindo ainda, verbas alimentares.

 

Enquanto muitos se preparam para celebrar o Natal com mesas fartas e momentos de confraternização, servidores luminenses enfrentam uma realidade bem diferente. Na semana passada, às vésperas do recesso judiciário, o juiz Gilmar de Jesus Everton Vale, acatou ação movida pelo Ministério Público do Maranhão e determinou o bloqueio das contas da Prefeitura de Paço do Lumiar, que impediu o pagamento da folha de pessoal, previdência, 13º salário e etc, atingindo ainda, verbas alimentares dos servidores e aposentados.

O caso foi levado ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), em grau de recurso, mas ao analisar um pedido para desbloquear as contas da administração luminense, o presidente da Corte, desembargador Froz Sobrinho, não incorporou o espírito natalino e manteve a decisão, levando os barnabés luminenses a passar o Natal com a geladeira vazia.

Para muitos desses trabalhadores, a falta de pagamento vai além da questão financeira: é também emocional. O fim do ano, tradicionalmente uma época de esperança e renovação, se transforma em um período de angústia.

Famílias que dependem desses salários vivem sob a sombra da incerteza, sem saber se terão condições de suprir necessidades básicas, como alimentação. “Minha geladeira está vazia. Eu tinha esperança de que esse ano seria diferente, mas já estamos às vésperas do Natal e, até agora, nada. Parece que esqueceram que somos seres humanos”, relatou uma servidora.

O impacto dessa situação vai além das contas atrasadas; ele atinge diretamente a dignidade e o bem-estar dos funcionários públicos, transformando o que deveria ser um momento de celebração em um período de humilhação e angústia. A recorrência desse problema, com o atraso dos salários, evidencia algo semelhante ao revelado na operação 18 minutos e reforça a necessidade de mudanças estruturais urgentes no judiciário.

O descaso gerou indignação em diversos setores da sociedade. “Que judiciário é esse que libera dinheiro irregular, como no caso revelado pela operação 18 minutos, mas bloqueia verbas que seriam para pagar pais e mães de famílias? Não levaram em conta nem a dignidade humana ao analisar o caso que impacta vários servidores e aposentados. A situação é inadmissível e os trabalhadores precisam ser tratados com respeito”, completou outro servidor que pediu para não ter a identidade revelada.

A situação dos servidores e aposentados de Paço do Lumiar é uma afronta à dignidade humana e um exemplo de como um judiciário parcial pode devastar vidas. Enquanto isso, a mobilização da sociedade e a atuação da imprensa serão essenciais para garantir que esses trabalhadores não sejam mais ignorados.

 

Decisão completaAQUI

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