Metodologia do Instituto Prever pode ter ‘inflado’ números a favor de Adriano Sarney
O Questionário que o Instituto Prever usou para coletar dados na pesquisa que foi divulgada neste sábado (04/07) pelo blog do jornalista Diego Emir, provocou questionamentos na imprensa.
Primeiro a fazer uma abordagem sobre o assunto, o site Maranhão de Verdade, destacou que em vez de mostrar ao eleitor um cartão circular com os nomes dos candidatos, expediente usado para não privilegiar nenhum dos concorrentes, o Prever apresentou uma lista em ordem alfabética, conforme documento disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao analisar o método que contraria a prática do mercado e causa estranheza entre os demais institutos, é possível destacar que o maior beneficiado foi o deputado Adriano Sarney (PV), que por ser o primeiro na ordem alfabética acabou sendo favorecido com os resultados.
A polêmica aumenta mais ainda quando comparamos os números da Prever com os da pesquisa Data Ilha, divulgada em fevereiro pelo blog do jornalista Clodoaldo Corrêa, registrada sob o número MA-01492/2020.
Naquele mês, nos dados da Estimulada, quando são colocados praticamente todos os pré-candidatos apontados, Adriano Sarney aparecia com apenas 0,8%.
Sete meses depois, sem que tenha ocorrido algo que pudesse alavancar o parlamentar verde, eis que surge um novo levantamento cujo instituto apresentou os nomes dos pré-candidatos em ordem alfabética, que colocou Adriano como o primeiro da lista do questionário usado na coleta.
A suposta manobra, ao que parece, demonstrou um resultado favorável ao próprio Adriano que pulou de 0,8%, na pesquisa Data Ilha, para 8,9% no levantamento do Prever.
A divulgação dos dados trouxe mais perguntas do que respostas como, por exemplo: a metodologia usada tinha objetivo de afetar diretamente no cenário eleitoral?
Ao ‘inflar’ os números em favor de um dos pré-candidato estão querendo escolher um adversário para o segundo turno?
Porquê colocaram Duarte Júnior em segundo lugar mesmo aparecendo empatado tecnicamente com Wellington?
Se a pré-candidata Detinha é ‘desconhecida’ do eleitorado ludovicense o que motivou sua ‘rejeição’ ter quase o mesmo patamar do que a de Eduardo Braide, mais conhecido do público?
Por fim, cabe uma última pergunta: num eventual segundo turno, seria mais fácil pra Braide vencer Duarte, considerado governista; Adriano, um legítimo saneisita ou Wellington, único que faz uma oposição mais incisiva a Flávio Dino?