Investigação sobre venda de emendas pode atingir Edivaldo Júnior

Investigação sobre venda de emendas pode atingir Edivaldo Júnior

Ao alcançar os vereadores Beto Castro (Pros) e Honorato Fernandes (PT), a investigação proposta pelo procurador-geral de Justiça do Maranhão, Luiz Gonzaga Coelho, para apurar junto ao Ministério Público a denúncia de suposta venda de emendas parlamentares na Câmara Municipal de São Luís, abre uma frente de investigação que, por consequência, pode atingir também o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), isso porque é o Executivo Municipal quem faz o pagamento das emendas dos parlamentares.

O escândalo com acusações gravíssimas veio à tona na semana passada, após revelação de um integrante da própria base de apoio do governo Edivaldo na Câmara, durante troca de acusações em plenário. Se o órgão prosseguir nas investigações contra Beto e Honorato, quem também pode ser investigado é o próprio prefeito pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, desvio de finalidade e improbidade administrativa. Nos bastidores, já circula até áudio onde um ex-vereador delata um suposto pagamento de propina de 30% para liberação das verbas que servem para projetos de interesse da sociedade.

MP IGNORA ESQUEMA DE R$ 200 MI

O que causa estranheza à opinião pública é o fato de o procurador-geral de Justiça Luiz Gonzaga, em menos de 12 horas do ocorrido na Câmara Municipal, conceder entrevista afirmando que mandaria apurar o escândalo sobre um possível desvio de R$ 1 milhão na liberação de emendas, mas ignora a denúncia do esquema de renúncia fiscal cujo valor ultrapassa a casa dos R$ 200 milhões de reais, conforme a imprensa mostra há mais de uma semana.

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