Análise: Flávio Dino escolhe ‘opção’ pessoal que não exibe o retrato de sua história de luta e resistência
Amigos, amigos, votos à parte – esse é o lema da política, que não respeita nem relações familiares. Considerado um governador que fez história, por ascender ao poder com sua postura ideológica, Flávio Dino (PSB) não pode espiar pra trás com a mesma visão do passado. Os interesses às vésperas eleitorais se modificam como as nuvens do céu, olhando pra cima tentando vê um retrato diferente.
As ações que executou sempre estarão na memória de todos, sobretudo mantendo durante oito anos a folha de pagamento do funcionalismo em dia. Se perder o controle do processo agora, rasga caderno de realizações ou seja, o que fez em dois mandatos. Fidelidade aos compromissos assumidos pelas ruas somem de acordo com conjuntura social do momento.
Sem perder de vista os aliados – grandes e pequenos – governador precisa emplacar uma chapa que exiba sua cara, candidato ou não em outubro. Deve pilotar as forças que, no Palácio, seguiram sua orientação, liderando um lado das composições.
O problema, entretanto, é que o socialista optou pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB), como ‘opção’ pessoal e criou uma situação adversa dentro do próprio grupo, principalmente, da ala mais à esquerda que, por conta da relação de aproximação ideológica, acham que Brandão, que está hoje em um partido adversário histórico, não representaria esse sentimento popular.
Por conta dessa escolha, o Maranhão entrou na rota nacional, mas esse é um assunto para a próxima análise, que vai abordar um pouco sobre as pontas da estrela do PT que a cada quatro anos – sempre nas eleições gerais – vive um Deus nos acuda, de cuja realidade estonteante só sobra espaço para acomodação depois de empossados os eleitos.