Tio de Michelle Bolsonaro que estava foragido por estupro é preso no DF
Metrópoles
O tio materno de Michelle Bolsonaro, Gilmar Firmo Ferreira, de 44 anos, foragido da Justiça pelo crime de estupro, foi preso na noite desse sábado (11/7). Ele foi encontrado no conjunto G da QNM 40, em Ceilândia, por volta das 22h. A região é uma das mais pobres e violentas do Distrito Federal.
Segundo informações contidas na ocorrência, a equipe recebeu denúncia anônima dizendo que o procurado estava no local. Os agentes fizeram o monitoramento do endereço e solicitaram que uma das moradoras do imóvel chamasse o tio de Michelle. Após ele sair da residência, os policiais deram voz de prisão e conseguiram detê-lo.
Gilmar é o irmão mais novo de Maria das Graças, mãe de Michelle Bolsonaro, e foi condenado em 2018 a 14 anos, 4 meses e 24 dias, em regime fechado, por estupro. O caso foi revelado em reportagem do Metrópoles em agosto de 2019.
De acordo com a denúncia registrada na delegacia, a vítima – uma criança na época – começou a sofrer abusos no ano 2000. Ele é casado com a tia da menina.
Em um relato detalhado, a vítima contou que Gilmar pegou a mão dela e colocou nas partes íntimas dele. A garota teria entrado na casa da tia para tomar banho e surpreendeu-se ao ver que o homem a estava observando. Na ocasião, segundo a denúncia, o agressor teria dito: “Você está ficando mais gostosa que a sua tia, ainda vou ficar com você”.
Quatro anos depois, aos 14, a menina teria sofrido novo ataque. Ela dormia no sofá da casa da tia, quando acordou e viu Gilmar com as calças arriadas. O homem, segundo as acusações, teria deitado em cima dela e mandou a vítima não gritar. O ato não teria sido concretizado porque a adolescente contou que pediu ajuda. Apesar de ninguém ter aparecido na ocasião, o suposto agressor a teria deixado ir embora.
A garota conta ainda que, em 2005, Gilmar a beijou à força. Segundo a ocorrência policial, a mãe dela e a tia, mulher de Gilmar, sabiam dos abusos, mas nada fizeram, porque o homem tinha um perfil agressivo.
A menina explicou à polícia que demorou a denunciá-lo porque a tia teria implorado para ela perdoar o agressor. Mas mudou de ideia após descobrir ataques similares de Gilmar a uma prima, que também havia sido violentada por ele e estava com sinais de depressão. As duas resolveram registrar ocorrência e solicitar medidas protetivas. No depoimento, a prima revelou que os estupros tiveram início quando ela tinha 5 anos de idade. Só cessaram após completar 14.