Prefeita de Bacabeira sanciona Lei que nomeia praça em homenagem a ícone da cultura maranhense
A prefeita de Bacabeira, Fernanda Gonçalo (PMN), sancionou a Lei 437/2021, que denomina como “Centro Cultural Manoel Tetéu” a praça da Vitória localizada entre a Avenida José da Silva Calve e Rua Dez de Novembro, no bairro Cidade Nova. A Lei foi publicada no Diário da Famem.
A legislação é originária do Projeto de Lei nº 06/2021, de autoria do vereador Ademir Castro (PMN), apresentado no dia 05 de novembro, sendo aprovado em regimente de urgência na mesma data.
O espaço, que foi entregue à população no dia 10 deste mês, causou polêmica nas redes sociais devido ao logradouro ter sido inaugurado sem a placa com o nome do homenageado. A confusão só foi esclarecida depois que o blog constatou que tudo não passava de um erro de tramite do processo legislativo.
É que após a sendo aprovação, em regimente de urgência no dia 05, a Câmara levou exatamente sete dias para enviar a norma para sanção do Executivo. De acordo com o documento ao qual tivemos acesso, o projeto de lei só foi protocolado na Prefeitura no dia 12 deste mês, dois dias depois do aniversário de 27 anos da cidade, quando a praça foi inaugurada.
Curioso é que alguns dos críticos passaram pela Câmara, mas acabaram evidenciando que nada aprenderam sobre processo legislativo durante o período em que estiveram no Parlamento bacabeirense, conforme já comprovamos.
Portanto, a sanção da norma neste sentido, acabou se consagrando como uma importante vitória para a memória do saudoso Manoel Tetéu e se transformou em mais uma derrota vexatória para os adversários da prefeita Fernanda.
Histórico
Nascido em Rosário-MA, no dia 22 de abril de 1929, Manoel Tetéu era um grande artesão, que desde 1975 fabricava banjo, capoeira de bumba-boi, burrinha, tambor onça e bombo. Em 1979, fundou o Boi de Orquestra de Periz de Cima, que por alguns anos, foi conhecido também como Tradição de Bacabeira.
No mesmo ano de fundação, o Boi de Periz de Cima foi conduzido pela voz potente do cantador Ribão D’Oludô. Em 2014, durante uma homenagem no maior arraial de São Luís, o Terreiro da Maria, Manoel Tetéu destacou sua trajetória na brincadeira.
“Ainda que o tempo tenha passado, mantenho o mesmo amor e cuidado com o nosso boi. Esse ano, mesmo a pressão alta tendo me deixado um pouco receoso. Estou participando das apresentações sem sentir nenhum incômodo”, afirmou a época, diante de um público estimado em oito mil pessoas, conforme dados da Guarda Municipal.
O grupo é um dos únicos a usar em sua orquestra o banjo tenor, instrumento artesanal que era confeccionado pelo próprio Manoel Tetéu. “Enquanto Deus deixar, eu vou continuar comandando o grupo. Eu era marceneiro, mas me aposentei para seguir apenas com o boi”, completou.