Durante pronunciamento do vereador Astro de Ogum (PL), no plenário da Câmara Municipal de São Luís (CMSL), na manhã de ontem, sobre a Operação Constelação, na última quinta-feira (19), parlamentares ludovicenses manifestaram apoio e solidariedade ao colega. Astro de Ogum não tinha envolvimento com a ação policial, mas acabou sendo detido em função de um revólver calibre 32 que foi apreendido em seu imóvel no bairro do Olho d Água, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão.
O primeiro a ocupar a tribuna para prestar solidariedade foi o vereador Honorato Fernandes (PT). O parlamentar que é líder do PT na Casa enfatizou que sua fala era balizada por aquilo que achava ser justo e correto, extraída através da convivência ao logo de sete anos ininterrupto com o colega de plenário.
“Quero aqui manifestar meu apoio ao vereador [Astro de Ogum], porque convivo desde quando entrei nesta Casa. Conheço muito dos seus defeitos, mas aqui não estou preocupado com sua orientação sexual, ou com a religião. Eu me preocupo é com as pessoas, eu me preocupo é com a dignidade que cada um deve ter e com o respeito que cada um devemos ter, até mesmo pelo ensinamento bíblico com o próximo. Tenho a convicção, a clareza e tenho a coragem, mesmo diante de algumas falas contrárias de vim aqui, vereador Astro, hipotecar apoio a você e dizer que Vossa Excelência não praticou nenhum ato criminoso que esta sendo apurado hoje pela polícia. O fato é que a polícia fará o seu papel, a justiça o seu papel também, diante das provas apresentadas, inocentando os inocentes e dando a punição aqueles que tiverem praticado qualquer ato ilícito”, disse o petista.
PAGANDO O PREÇO DA POLÍTICA
O vereador Francisco Chaguinhas (PP), também, prestou solidariedade ao parlamentar. Em aparte, no pronunciamento de Astro na tribuna, Chaguinhas elogiou o trabalho do colega e destacou que não poderia deixar o amigo ferido pelo caminho. “A politica às vezes é usada como plataforma para assassinar reputações”, resumiu.
VITIMA DE ACHINCALHAMENTO
Diante dos vereadores presentes, Beto Castro (Avante) afirmou que Astro de Ogum pode ter sido vítima de uma artimanha semelhante ao que ele sofreu em 2012, quando se elegeu ao seu primeiro mandato na Câmara de São Luís. “Não acho justo porque já fui vitima desse achincalhamento. Sei que vossas excelências não têm envolvimento nessa denúncia”, observou.
CONDENADO ANTES DE SER OUVIDO
O vereador Antônio Garcez (PTC) também se solidarizou à Astro de Ogum e afirmou que confiava na inocência do colega de plenário. De acordo com Garcez, o colega está “pagando um preço alto por algo que se esclarece aos poucos”. O vice-líder do governo na Câmara Municipal de São Luís, o vereador Raimundo Penha (PDT), também se solidarizou, afirmando que a situação fez o colega de plenário ser “condenado antes mesmo de ser ouvido”.
ASSASSINATO DE REPUTAÇÕES
Também em aparte, o vereador Nato Júnior (PP), que é o 2º vice-presidente da Câmara de São Luís, disse que Astro de Ogum pode ter sido vítima de um “assassinato de reputações” e lembrou o caso do ex-prefeito de Santa Luzia do Tide, Ilzemar Oliveira Dutra, conhecido como Zemar, acusado de abuso contra uma criança de 3 anos, mas acabou saindo da condição de suspeito depois de o laudo do Instituto Médico Legal apontar que não houve conjunção carnal.
COLEGAS SOLIDÁRIOS –
Além de Honorato, Chaguinhas, Antônio Garcez, Beto Castro, Raimundo Penha e Nato Júnior, também hipotecaram apoio ao decano do legislativo municipal os vereadores Concita Pinto (Patriota), Marquinhos Silva (DEM), Sá Marques (PHS) e César Bombeiro (PSD).