Podemos pede para se habilitar na ação que pode cassar três vereadores em São Luís
Partido será representado por escritório que não conseguiu reverter afastamento e cassação da ex-prefeita de Paço do Lumiar, Paula Azevedo
A Comissão Provisória do Podemos de São Luís requereu, no último domingo (1º), ao Juízo da 1ª Zona Eleitoral, admissão como terceiro interessado na apreciação da Aije (ação de investigação judicial eleitoral) que pode resultar na cassação do mandato dos vereadores eleitos Wendell Martins, Raimundo Júnior e Fabio Macedo Filho. (Eis aqui a manifestação na íntegra)
Na ação, ajuizada pelo suplente Matheus do Beiju (PL), no dia 28 de novembro, o Podemos é acusada de não cumprir a cota mínima de gênero relacionada à participação feminina nas eleições municipais de 2024 para a disputa proporcional na capital maranhense.
A denúncia cita candidaturas fictícias com o objetivo apenas de preencher cota de gênero. Uma delas é a candidata Brenda Carvalho que teve 18 votos após informar gastos de R$ 300 mil. Nesta sexta-feira, 6, ela confessou nas redes sociais que teve que devolver parte dos recursos recebidos para a campanha.
“Se eu tivesse ficado com valor algum por que o presidente do partido iria tá mandando dono de gráfica emitir nota pra mim, pra eu pagar?”, deletou a digital influencer.
A ação protocolada por Matheus do Beiju, não é a única. Também existe outro pedido ajuizado pelo suplente Eduardo Andrade (PL), que está tramitando na Justiça Eleitoral acusando o Podemos de fraude na cota de gênero. Além das ações, a Polícia Federal também investiga o caso, que deve ser ampliado para outros candidatos, inclusive, podendo ter desdobramento na esfera criminal.
“Se eu tivesse sido candidata e usado qualquer valor, no mínimo eu teria uns 700 votos”, afirmou a candidata, que diz estar correndo risco de vida.
Escritório com histórico negativo
Segundo o blog da Dalvana Mendes apurou, o Podemos será representado pelo escritório Madeira, Aires e Mendes Advogados Associados, que não conseguiu reverter o afastamento e a cassação da ex-prefeita de Paço do Lumiar, Paula Azevedo (PCdoB).
Um dos sócios da banca é o ex-juiz federal José Carlos do Vale Madeira. Caso não consiga reverter as denúncias contra o novo cliente na Justiça, esse será o segundo revés que o escritório deverá acumular, ampliando ainda mais o histórico negativo.