Canopus se destaca em PPP de R$ 5,4 bilhões para nova sede do governo de SP
O Governo de São Paulo avança com os planos de centralizar toda a administração estadual em um novo complexo no centro da capital e, para isso, prepara uma ambiciosa Parceria Público-Privada (PPP) que já atrai grandes nomes da construção civil e do mercado financeiro. Entre os grupos interessados, destaca-se a construtora Canopus, apontada como uma das potenciais participantes da licitação marcada para o dia 10 de outubro.

O projeto prevê a construção de dez torres com área total de 288 mil m², que vão abrigar toda a estrutura administrativa do Estado. O contrato da concessão terá 30 anos de duração, incluindo a gestão e manutenção dos prédios, com serviços como limpeza e segurança.
O investimento estimado é de R$ 5,4 bilhões, sendo R$ 3 bilhões em aporte público para viabilização das obras. O modelo da PPP prevê também que o governo de São Paulo pague até R$ 69 milhões mensais ao operador privado, valor que pode ser reduzido conforme o desconto ofertado durante a licitação — esse será o critério de disputa.
Além da Canopus, também demonstraram interesse empresas como a espanhola Acciona, a Construcap, a gestora Kinea e um consórcio formado pela Sete Partners e a Engeform. O Jornal Valor Econômico destacou que essas companhias participaram das últimas rodadas de conversas com o governo.
Apesar do interesse demonstrado, o mercado ainda vê com cautela a estrutura de financiamento de longo prazo da concessão. Segundo o secretário de Parcerias e Investimentos do Estado, Rafael Benini, o desafio é garantir crédito para um projeto que não se encaixa totalmente nos moldes tradicionais de infraestrutura, dificultando o acesso a linhas de financiamento específicas.
A Canopus, que vem ampliando sua presença em grandes projetos urbanos, não comentou oficialmente o assunto, mas sua inclusão entre os players cotados reforça sua posição como uma das principais construtoras do país no setor de obras públicas de grande escala.