Marlon Botão denuncia crimes ambientais na zona rural de São Luís
O vereador Marlon Botão Filho (PSB) denunciou, nesta segunda-feira (20), em sessão híbrida da Câmara Municipal de São Luís, o que considera um grave crime ambiental que está ocorrendo em comunidades da zona rural da capital maranhense.
Em discurso na plataforma digital, o parlamentar registrou que a construção de conjuntos residenciais nessa região estaria causando poluição e consequentes prejuízos às famílias que moram na localidade. Ele destacou que tem procurado dialogar com os órgãos ambientais visando uma solução.
“Eu uso esse espaço, que Deus e a cidade nos concederam, para tratar da questão ambiental na zona rural. A gente já acompanha há algum tempo essa situação e temos procurado dialogar com todas as entidades ambientais e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA. Na semana passada, estive com a secretária Karla Lima, titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMAM-, relatando nossa preocupação com os impactados do não tratamento correto do esgoto que tem afetado a produção agrícola e poluição da própria água que se consome dentro destas comunidades”, relatou o vereador.
Marlon Botão Filho informou que os esgotos produzidos por 1,3 mil moradias do Residencial Amendoeira, empreendimento do programa federal “Minha Casa, Minha Vida 2”, localizado no bairro Alegria, região do Maracanã, estão sendo despejados, em larga escala e de forma in natura, em propriedades privadas, que são áreas de brejo, e onde há nascentes do Rio Maracanã.
O líder do PSB na Casa disse ainda que além do mau cheiro, que exala na região, a situação tem causado maiores transtornos para quem tem plantios, como os juçarais. Ele relatou que vários peixes e “pés” de juçara já morreram, devido ao esgoto.
“Um exemplo muito claro é o que está passando a comunidade da Alegria, no bairro do Maracanã, onde a mesma foi impactada diretamente com o não tratamento do esgoto, com a falta do saneamento básico dos residenciais da Minha Casa Minha Vida que chegaram poluindo diversos poços artesianos, poluindo diversas nascentes dos rios, matando diversos juçarais e diversas árvores daquela região, configurando o crime ambiental”, completou.