Após denúncia, Cofen divulga nota que não esclarece nada sobre fraude nas eleições da autarquia
Comunicado acabou expondo ainda mais indícios de irregularidades no pleito. Entenda

Após matéria do blog revelando supostos indícios de fraudes nas eleições para os Conselhos de Enfermagem no país, o Conselho Federal de Enfermagem (Confen) resolveu emitir uma nota de esclarecimento, nada esclarecedora.
Por meio de um serviço de checagem de fatos, que mais desinforma do que esclarece, a autarquia informa que foi instaurado processo administrativo para apurar a falsa alegação e a origem da informação, e vai acionar a justiça contra os autores.
A nota, envergonhada e em tom ameaçador, não esclarece absolutamente nada. Limita-se a dizer que o “Cofen condena disseminação de Fake News sobre as eleições e vai responsabilizar os autores”.
Na verdade, o comunicado do Cofen serviu apenas para uma coisa: reforçar ainda mais as suspeitas das matérias que estão sendo veiculadas neste site sobre uma eventual fraude nas eleições da autarquia.
O serviço de ‘checagem’ da entidade, por exemplo, destacou que os profissionais de Enfermagem que são inscritos em mais de uma categoria de quadros diferentes (Quadro I e Quadro II/III) poderiam exercer o voto em ambos os Quadros, desde que adimplente em todas as categorias. O quadro I é formado por enfermeiros e obstetrizes, enquanto o quadro II e III representa os técnicos e auxiliares de Enfermagem.
Ou seja, a auditoria que atestou a integridade e regularidade das eleições nos Conselhos Regionais de Enfermagem achou adequado que um profissional com único CPF tenha direito a dois votos. Ou seja, uma nova dinâmica que não respeita os princípios democráticos do país.
O blog apurou que as regras do Cofen, com o método da votação que permite a perpetuação do atual grupo que comanda a entidade, foram criadas pela Resolução nº 695/2022 – alterada pelas Resoluções 712/2022 e 719/2023.
A norma antidemocrática, inclusive, pode ser questionada na justiça caso venha ser provocada por algum dos filiados da autarquia. Ou, caso o MPF venha agir por oficio a partir de denúncias veiculadas pela imprensa.
Para apurar essas e outras suspeitas de irregularidades, o blog vai iniciar uma série de reportagens especiais intitulada ‘Às Claras’, que vai revelar em riqueza de detalhes toda a sujeira debaixo do tapete do Cofen que é comandado pelo mesmo grupo há duas décadas.
Os documentos que estão sendo analisados mostram a atuação do grupo que usa estratégias Intimidatórias para se opor contra aqueles que tentam questionar os “Modus Operandi” dos critérios eleitorais que o levaram a se perpetuar no poder.
No final da série de 20 capítulos, o blog vai entregar o dossiê aos órgãos de controle para tomar as providencias. A titular da página esclarece ainda que não vai se intimidar com eventuais ameaças ou estratégias intimidante, pois o nosso papel é cumprir o controle social, através da imprensa. Todos os documentos relacionados ao caso estão sendo analisados pela assessoria jurídica do blog.
Caso recorrente
Não é a primeira vez que caso de irregularidades em pleitos eleitores acontecem no Cofen. Em 2017, por exemplo, o ex-deputado federal Hildo Rocha chegou a denunciar fraude na eleição da entidade. Na época, o parlamentar usou até a tribuna da Câmara para acusar o presidente eleito, Manoel Neri, de “emprenhar” urnas para vencer a disputa. Os detalhes deste outros caso, também fazem parte da série especial sobre os “Modus Operandi” de perpetuação do mesmo grupo na autarquia.