Ambientalistas protestam contra usina eólica em parque no Maranhão
A construção de um parque eólico numa área de preservação no Maranhão provocou protestos de ambientalistas. As torres por onde vai passar a energia gerada na usina estão sendo erguidas numa região de areal. A s informações foram divulgado no programa de TV pelo Jornal Nacional, na última sexta-feira (14).
O investimento de R$ 1,5 bilhão é da Ômega Energia. A usina, com 96 cata-ventos, da mesma empresa, em Parnaíba, no Piauí, deve entrar em atividade em 2017.
A meta é produzir 220 megawatts, energia que dá para abastecer uma cidade com 700 mil habitantes. As obras estão sendo feitas entre o Parque Nacional dos Lençóis e a área de proteção ambiental do delta do Parnaíba.
As dunas estão sendo removidas numa unidade de conservação. Toda a região é parte da área de proteção ambiental da foz do Rio Preguiças.
A região é rota de 17 espécies de aves migratórias. Ambientalistas avaliam que os cata-ventos vão formar uma barreira de nove quilômetros no caminho das aves.
O canteiro de obras para instalação das turbinas fica perto de uma área de desova de tartarugas.
Para os ambientalistas os impactos são difíceis de medir.
— Estão mexendo em um santuário pouquíssimo conhecido. Ninguém fez obra dessa magnitude em cima de um local daquele lá ainda — afirma Milton Dias, presidente da H2Ong
— Todo e qualquer empreendimento que gera alguma alteração no ambiente. O que a gente tem como responsabilidade? Avaliar que alterações são essas e tomar todas as medidas para minimizar essas alterações — diz Loretti Melo, gerente de Meio Ambiente da Ômega Energia.