Aliado de Weverton e Neto Evangelista contrata investigado no escândalo das “Estradas-Fantasmas” por R$ 5,5 milhões

Aliado de Weverton e Neto Evangelista contrata investigado no escândalo das “Estradas-Fantasmas” por R$ 5,5 milhões

O negócio envolvendo os ex-presidiários Erlânio Xavier e José Lauro foram firmados no mês junho, conforme contratos em anexo

Erlanio foi o ‘Jabuti’ que subiu com a mão do padrinho politico Weverton

O prefeito de Igarapé Grande, Erlânio Xavier (PDT), que voltou com força e poder pelas mãos do padrinho político e correligionário senador Weverton Rocha, depois de ser preso em 2012 pela Polícia Federal, resolveu firmar negócios com a problemática empresa Enciza Engenharia Civil Ltda. em dois contratos milionários para asfaltar ruas e avenidas do município maranhense.

Erlânio, que concorre à reeleição em 2020, contratou a empreiteira, de propriedade do empresário José Lauro de Castro Moura, que é conhecida no submundo da corrupção e responde cerca de sete ações judiciais, sendo duas delas por improbidade e mais duas por ações penais. Ao todo, serão derramados R$ 5.534.139,76 (cinco milhões quinhentos e trinta e quatro mil cento e trinta e nove reais e setenta e seis centavos) somente em asfalto no município. Os contratos tiveram menos de um mês de diferença em suas assinaturas.

Neto que ter a sorte de ser mais um Jabuti que quer ‘trepar na árvore’ pela mão de Weverton

A Enciza já foi alvo de duas operações da PF. A primeira foi a “Operação Navalha” desencadeada em 2007, que culminou com a prisão do ex-governador José Reinaldo Tavares. Na época, foi constatado irregularidades de vários pagamentos do governo do estado à empresa. Segundo o inquérito, o dinheiro era repassado, mas as obras não eram realizadas. Ao todo pelo menos 19 estradas não foram concluídas somando um prejuízo de R$ 8,4 aos cofres públicos. O caso ficou conhecido como escândalo das Estradas Fantasmas.

UMA DEZENA DE AÇÕES –
A referida empresa, também é conhecida por possuí vários contratos em prefeituras, supostamente ligadas ao senador Weverton Rocha, presidente do PDT (Partido Democrático Trabalhista) que, além de Erlânio, também é o maior aliado do deputado estadual Neto Evangelista (DEM), pré-candidato à sucessão em São Luís. Diante da folha corrida não está descartada a possibilidade de a Enciza utilizar os mesmos ‘modus operandi’ que a colocou na condição de ré em quase uma dezena de ações.

A empreiteira, que também foi pivô da ‘Operação Rapina’, poderá voltar ao radar da PF, desta vez, por fraude e superfaturamento em contratos com prefeituras, principalmente, as pedetistas. Além disso, as denúncias de corrupção não envolvem apenas a Enciza. Escândalos envolvendo várias outras irregularidades podem voltar a colocar na cadeia diversos gestores maranhenses, uma delas a prefeita de Axixá, Sônia Campos (PDT), que já foi presa na mesma operação.

Erlanio Xavier pode ser pivô de mega escândalo envolvendo a Famem, que virou um ‘escoadouro’ de dinheiro público

O prefeito Erlanio Xavier, por sua vez, que também já foi investigado e preso em 2012 pela PF, por ser sócio oculto da empresa Construtora Luna e, supostamente, fazer parte de um esquema desvio de verbas do Fundeb de Paço do Lumiar, resolveu abrir os cofres da prefeitura para asfaltar vários pontos no município. Por conta disso, ele poderá ser denunciado pelo adversário por realizar “asfalto eleitoreiro”, a fim de garantir a sua reeleição.

Prefeito de Igarapé Grande fracionou contratos com a empreiteira pivô do escândalo das Estradas Fantasmas

Além disso, o blog apurou que o chefe do executivo igarapé-grandense ainda pode ser pivô de um mega escândalo envolvendo a FAMEM – Federação dos Municípios do Estado do Maranhão. Afastado da presidência, Erlânio comando a entidade desde janeiro de 2019. Conforme relatório detalhado com mais de 5 mil páginas ao qual tivemos acesso, e logo, logo servirá como chave para abrir a caixa preta da entidade que possui como função precípua defender e representar os municípios maranhenses.

Os dois contratos para ‘asfalto eleitoreiro’ somam mais de R$ 5,5 milhões, mas fracionados equivalem a pouco mais de R$ 2,75 milhões
Enciza é alvo de várias ações judiciais por suspeitas de irregularidades em contratos com a administração pública

 

 

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