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Axixá: ré em pelo menos dez processos,Sônia Campos pode ficar fora da prefeitura

Axixá: ré em pelo menos dez processos,Sônia Campos pode ficar fora da prefeitura

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A ex-prefeita de Axixá, Maria Sônia Oliveira Campos, a Sônia Campos (PDT), planeja retornar ao comando daquele município, mesmo sendo processada por ter contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ela é filiada ao partido que tem como principal liderança no Maranhão, o deputado federal Weverton Rocha, que responde inquéritos e ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes contra as leis de licitações.

Investigada e presa pela Policia Federal no bojo da Operação Rapina, Soninha tenta retornar à prefeitura axixaense, mesmo na condição de ré em pelo menos dez processos – entre ações penal e civil pública – acusada por crimes contra a administração pública, desvio de dinheiro público, corrupção, estelionato e até delitos eleitorais, nos últimos oito anos.

Uma dessas irregularidades levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a rejeitar contas da ex-prefeita por irregularidades em convênios firmados com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A reprovação das contas nesse âmbito torna a candidata inelegível, com base na Lei da Ficha Limpa, o que a impede de disputar cargos eletivos. Uma certidão do próprio órgão que Soninha teve que entregar à Justiça Eleitoral, mostra algumas das condenações dela junto ao tribunal.

TCU mostra consequências da não prestação de contas de Sônia Campos.

TCU mostra consequências da não prestação de contas de Sônia Campos.

Alguns dos casos julgados pela Corte de Contas foram consideráveis insanáveis. Mas usando de má-fé para conseguir garantir registro de sua candidatura, a pedetista entrou com embargos no TCU para anular os acórdãos e impedir que seu nome figurasse na lista de ficha suja do órgão, garantindo com isso o registro de candidatura.

Cerca de 61% dos deputados maranhenses respondem a processos na Justiça

Cerca de 61% dos deputados maranhenses respondem a processos na Justiça

Dos 18 deputados federais do Maranhão inscritos para a votação que decidiu sobre a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, ocorrida no último domingo, 61% respondem a processos na Justiça. Os dados foram levantados pelo Portal EBC na plataforma do Projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil.

Dentre os parlamentares que se posicionaram favoravelmente ao prosseguimento do processo de impeachment, 60% possuem algum questionamento jurídico. Já entre os que votaram a favor do governo, de todos, 62% respondem ou já foram condenados em algum processo. Os processos estão em diversas instâncias e vão desde crimes eleitorais até processos de má gestão do dinheiro público e corrupção.

Dados dos deputados federais
Os processos estão em diversas instâncias e vão desde crimes eleitorais até processos de má gestão do dinheiro público e corrupção

O deputado maranhense recordista em termos de números de processos, de acordo com a Transparência Brasil, é o advogado Junior Marreca (PEN), tem 12 processos na Justiça. O segundo lugar ficou para o deputado João Castelo (PSDB), tem 11 processos.

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Junior Marreca (PEN), tem 12 processos na Justiça, O segundo lugar ficou para o deputado João Castelo (PSDB), tem 11 processos.

 Já na análise por partidos, onze das 15 siglas somam mais de 73% de seus parlamentares envolvidos com problemas na Justiça: PMDB, PV, DEM, PDT, PTB, PRB, PSDB, PSB, PP, PEN e PTN.