Compra suspeita de material de expediente pode ser investigada no Coren-MA

Compra suspeita de material de expediente pode ser investigada no Coren-MA

Uma compra de material de consumo, tais como expediente, papelaria e gêneros alimentícios no valor de  R$ 23.184,80 (vinte e três mil cento e oitenta e quatro reais e oitenta centavos) pelo Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão (Coren-MA), pode ser investigada por órgãos de controle e fiscalização. A informação foi repassada nesta segunda-feira (21), por fontes com trânsito na autarquia. De acordo com as informações, a apuração — que deve ser levada ao conhecimento dos órgãos de controle por adversários — verifica se a empresa contratada combinou lances para influenciar no resultado do certame.

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Assinado no dia 15 de outubro de 2018, o contrato nº 14/2018 era válido apenas até 31 de dezembro de 2018 a contar da assinatura. No entanto, o que chamou a atenção da reportagem na proposta contratual foi como uma entidade do porte do Coren pode consumir tanto material em poucos meses? Se fomos fazer uma conta bem rápida, levando em consideração os 12 meses do ano, o custo mensal da compra de pouco mais de R$ 23 mil seria de R$ 1 mil e 9 novecentos reais. Um gasto surpreendente levando em conta a situação de penúria vivida atualmente pela autarquia. A empresa ganhadora é a G A Comercio e Serviços Eirele – Epp, com sede na Cidade Operaria, em São Luís.

As suspeitas de irregularidades no CCoren-MA vieram à tona a partir de uma série de reportagens publicada com exclusividade pelo blog da Dalvana Mendes conhecida como “Sangrando o Coração da Enfermagem”. Com mais um capítulo nessa edição, vamos seguir mostrando os indícios irregularidades envolvendo contribuições da anuidade que deveriam garantir o funcionamento da autarquia.

A caixa branca da enfermagem maranhense começou ser aberta a partir de um relatório preliminar de auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou um rombo de quase R$ 1 milhão nas contas da autarquia. O desvio, segundo a auditoria, ocorria por meio de pagamentos de diárias, jetons, auxílios-representação e contratos celebrados pela entidade que representa a enfermagem maranhense.

 

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