Cármen Lúcia homologa as 77 delações da Odebrecht

Cármen Lúcia homologa as 77 delações da Odebrecht

8h05 – O site de notícias Jota.info, especialista na cobertura do Judiciário, acaba de informar por meio do seu Twitter que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, homologou na manhã desta segunda-feira (30) as 77 delações de executivos da Odebrecht.

Agora homologado, o material será todos encaminhado ao procurador-geral da Républica, Rodrigo Janot, que decidirá quais pontos específicos serão investigados.

Apontada como a delação premiada mais explosiva da Operação Lava Jato, o acordo de colaboração de 77 executivos e ex-executivos da empreiteira foi entregue ao STF ainda em dezembro, um mês antes da morte do então relator do caso, o ministro Teori Zavascki.

Os documentos – mais de 800 depoimentos – foram guardados em uma sala cofre reservada pelo STF, no edifício sede do tribunal. Apenas servidores autorizados tiveram acesso ao local.  Além dos depoimentos, foram disponibilizados os vídeos com as falas dos delatores e provas repassadas pelas defesas, como e-mails, extratos de telefones, entre outros dados que poderão comprovar as implicações feitas nas colaborações.

Segundo investigadores, delatores da empresa fizeram citações a 100 deputados, mais de 20 senadores e 10 governadores. Há referências ao presidente Michel Temer, aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, envolvendo políticos do PT, PSDB, PMDB, DEM e PP.

O acordo de colaboração premiada de Claudio Mello Filho, ex-responsável pelas área de Relações Institucionais, vazou e revelou que mais de 50 políticos foram implicados, entre eles, o presidente Michel Temer, e seu núcleo duro, como o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e importantes líderes da cúpula do PMDB no Senado.

Mello Filho disse que, numa reunião no Palácio do Jaburu, acertou repasse de R$ 10 milhões a pedido de Temer para campanha do PMDB.

No acordo de delação premiada, Cláudio conta que dava prioridade às relações com políticos com grande influência no Congresso e também identificava o que chamou de promissores – políticos em ascensão, que, no futuro, poderiam defender os interesses da empresa.

(Com informações do Jota.info)

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