Waldir Maranhão quer disputar o Senado com apoio de Dino

Waldir Maranhão quer disputar o Senado com apoio de Dino

Investigado pela Operação Lava Jato, o vice-presidente Câmara,  deputado Waldir Maranhão (PP) declarou hoje ao Estadão que vai trabalhar para se eleger senador na chapa do governador Flávio Dino (PCdoB), que tentará reeleição.

“A minha disposição é essa: disputar o Senado. Vou tentar mostrar que sou viável na base”, disse.

A vaga foi prometida por Dino em troca do voto do parlamentar contra o impeachment de Dilma Rousseff.

Na eleição de 2018, quando duas vagas para o Senado estarão em disputa, Maranhão deve ter como adversários o ex-governador José Reinaldo (PSB), o deputado federal Weverton Rocha (PDT) e o ministro do Meio Ambiente, deputado federal Sarney Filho (PV).

A deputada federal Eliziane Gama (PPS) também tem interesse, assim como o ex-presidente do FNDE Gastão Vieira (Pros).

Durante a entrevista ele admitiu, pela primeira vez, que cometeu um “equívoco” ao anular a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015. Prestes a deixar o cargo na Mesa Diretora após um conturbado mandato, ele diz que seu foco agora será viabilizar sua candidatura ao Senado em 2018.

“Dei minha contribuição ao Parlamento, ainda que tenha cometido equívocos”, disse Maranhão. Na avaliação dele, o principal erro foi ter anulado, em 9 de maio do ano passado, a votação da Câmara do dia 17 de abril que aprovou o impeachment de Dilma por 367 votos a 137. “Foi um equívoco do ponto de vista político, jamais do ponto de vista jurídico”, disse o deputado, que acabou revogando a anulação um dia depois, após pressão política.

O 1º vice-presidente da Câmara avaliou que errou politicamente, porque sua decisão foi contra o que a maioria da Casa queria. “Fiz por convicção política, para o momento. Mas a Casa queria o impeachment. Fui contra de início (revogar a anulação), mas depois acatei o que a Casa queria”, afirmou. “A política é feita pelo fato e tempo. O fato foi a minha decisão. E o tempo vai mostrar que o País saiu da crise”, acrescentou.

(Com informações do Estadão)

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